segunda-feira, 10 de agosto de 2009

A proposito de humor

Com a saida do Solnado para outras paragens voltou a falar-se de humor.
Ainda bem. Porque o humor, agora que aparecem lágrimas de crocodilo a dizer que o Solnado era um cómico natural e legitimamente popular, se quer esquecer que o riso e a sátira foram sempre menosprezados e relegados para uma espécie de divisão distrital dos futebois.
Foram o salazarismo e o pos-salazarismo que continuam a dar cartas.
Sem querer indicar ninguém em concreto - os eventuais leitores que descubram o alvo - repare-se na pequena/enorme difereça entre o humor de Solnado e dos grandes mestres Chaplin e Buster Keaton e umas tarefas esforçadas que por aí andam :
Há uns que baseiam o humor? no achincalhamento do povo, dos seus hábitos e da sua falta de erudição. Esquecendo que isso se deve a uma marginalização organizada das classes sem poder económico e relevancia social.
Pelo contrário, esses mestres sempre apontaram a sua critica bem disposta e corajosa contra as ditaduras, a guerra, a exploração da miséria. Por isso ficaram marcos inesqueciveis da Arte Populare Universal.
Mas para isso é preciso valentia e dignidade ao contrário desse oportunismo rasteiro, que utiliza a pornografia, o infantilismo dos puns e dos traques e os servilismo a quem pode, quer e manda.

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